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10 VEZES QUE O BOLSONARISMO FLERTOU COM O NAZIFASCISMO

Atualizado: 2 de mai. de 2021


Texto de: João Redmann

Revisão de: Tiele Kawarlevski


Desde sua época de Deputado Federal, o atual presidente Jair Messias Bolsonaro já flertava com o nazifascismo. Com declarações controversas, acusações pesadas e uma eleição de moral duvidosa, Bolsonaro tem um extenso currículo que lhe garante o posto de político de extrema-direita mais influente do mundo.


Ao se eleger em 28 de outubro de 2018 com 55,13% dos votos válidos, pessoas tidas como especialistas disseram que ele seria no máximo um “populista de direita”, algo como Donald Trump foi durante seu mandato nos Estados Unidos.


Porém, o cenário é muito mais preocupante, o presidente que, ainda em campanha, disse que ia “fuzilar a petralhada” e, mais recentemente, afirmou que esquerdistas não podem ser tratados como pessoas normais, vem demonstrando traços nazifascistas tanto no discurso, quanto na estética.


Neste artigo, vamos falar de alguns casos em que o governo Bolsonaro flertou com neofascistas, fascistas, neonazistas, nazistas, nazifascistas, entre outros.


1. Roberto Alvim e Goebbels


Em um vídeo, publicado nas redes sociais, o ex-secretário Especial de Cultura, Roberto Alvim, explicou seu projeto cultural, utilizando falas muito semelhantes às do propagandista mais famoso do governo nazista, Joseph Goebbels:


“A arte brasileira da próxima década será heroica e será nacional. Será dotada de grande capacidade de envolvimento emocional e será igualmente imperativa (...) ou então não será nada” (Roberto Alvim, 2020).


“A arte alemã da próxima década será heroica, será ferrenhamente romântica, será objetiva e livre de sentimentalismo, será nacional com grande páthos e igualmente imperativa (...) ou então não será nada” (Joseph Goebbels, 1933).


2. White Pride World Wide


Em abril de 2011, um grupo liderado pelo movimento neonazista White Pride World Wide convocou um “ato cívico” em prol de Bolsonaro, no Museu de Artes de São Paulo (Masp).


“Vamos dar o nosso apoio ao único deputado que bate de frente com esses libertinos e comunistas!!! Será um ato cívico, portanto, levem a família, esposas, filhos e amigos”, diziam mensagens dos integrantes do grupo na internet.


3. Brasil acima de tudo


“Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”. O slogan de campanha do, até então, candidato Jair Bolsonaro, que também deu nome à sua coligação, tem inspiração direta em um slogan nazista.


Na Alemanha de Hitler, um dos bordões mais repetidos era o “Deutschland über alles” que, em português, significa “Alemanha acima de tudo”. O trecho, inclusive, fazia parte do hino nacional alemão, mas foi tirada ao final da Segunda Guerra Mundial.


4. Apreço pelo “sósia” de Hitler


Em 3 de dezembro de 2015, Bolsonaro posou para uma foto sorridente ao lado do “sósia” de Hitler, após audiência pública na Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro, convocada para debater o projeto Escola Sem Partido, defendido pelo ex-deputado.


Conhecido como “professor”, Marco Antônio Santos foi convidado por Carlos Bolsonaro a discursar no plenário da Câmara do Rio de Janeiro, à frente da Comissão dos Direitos Humanos. Por decisão da Comissão de Educação da Câmara, Marco Antônio Santos foi impedido de falar por estar vestido como o ditador nazista.


Isso não o impediu de se candidatar a vereador pelo PSC em 2016. Sua campanha recebeu apoio e financiamento de Flávio Bolsonaro, colega de partido. Santos também compartilha com Bolsonaro a admiração, exposta em suas redes sociais, pelo odioso torturador da ditadura, Coronel Brilhante Ustra.


5. 300 do Brasil


Criado por Sara Winter, o movimento de extrema-direita “300 do Brasil” se inspira no filme “300”, referência também ao “Movimento Identitário”, grupo neonazista e racista que critica a suposta “Islamização da Europa”. Para eles, o filme e a batalha dos espartanos contra persas representam a atual luta dos “europeus verdadeiros” contra os “invasores” refugiados.


O filme norte-americano foi um sucesso, mas também recebeu críticas por ser muito fascista. Os soldados espartanos são musculosos, hiper sexualizados, fortes, bons e honrosos.


Enquanto isso, Xerxes é afeminado e andrógino e seus soldados são mostrados como ferozes invasores. Na Alemanha, chegou a ser comparado aos filmes da diretora nazista Leni Riefenstahl.


Outro fato curioso é que o pseudônimo “Sara Winter", usado pela brasileira líder dos “300 do Brasil”, é o nome de uma militante nazifascista que nasceu na Inglaterra durante a Segunda Guerra Mundial. Ela classificou o fato como uma “triste coincidência”.


Por outro lado, ela abertamente declara-se admiradora de Plínio Salgado, fundador do extinto partido da extrema-direita, conhecido como Ação Integralista Brasileira. Para ela, o político foi um “defensor do país”.


6. Skinheads pró-Bolsonaro


Em 2011, uma manifestação comandada pelos grupos Ultradefesa, União Nacionalista e Carecas foi realizada na Avenida Paulista em defesa do então deputado federal Jair Bolsonaro, pouco tempo depois de ele declarar que seus filhos não são gays porque tiveram uma boa educação.


Além disso, disse que não falaria de “promiscuidade”, ao ser questionado se seus filhos namorariam uma mulher negra. Ambas as declarações foram registradas pelo extinto “CQC”.


Apesar de Bolsonaro não ter comparecido na manifestação, agradeceu pelas redes sociais: “Fico feliz se o movimento for voltado contra as propostas que estão aí, de invadir as escolas de primeiro grau simulando o homossexualismo e preparando nossos jovens para a pedofilia”.


Eduardo Thomaz, líder do Ultradefesa, disse, na época, que o protesto se baseava nos “direitos da família e do cidadão”; também disse que não era homofóbico. Em 2020, Thomaz foi candidato a prefeito pelo PSL na cidade de Mairinque, situada na Região Metropolitana de Sorocaba. Ficou em 3.º lugar com 20,71% dos votos.


7. Nazismo de esquerda


Após declarar à imprensa israelense que “o nazismo era de esquerda”, Jair Bolsonaro visitou o Museu do Holocausto Yad Vashem, em Jerusalém. Acontece que a própria instituição descreve que o movimento de Hitler surgiu de grupos radicais de direita contra o comunismo.


No site do museu, conta-se que havia um clima de frustração pós-guerra, que “junto à intransigente resistência e alertas sobre a crescente ameaça do Comunismo, criou solo fértil para o crescimento de grupos radicais de direita na Alemanha, gerando entidades como o Partido Nazista”.


Partidos políticos alemães chegaram a se manifestar contra as declarações do presidente brasileiro e até mesmo um abaixo-assinado on-line exigindo uma retratação do capitão da reserva foi criado.


8. Hitler de Brasília


Thilo F. Papacek, professor alemão e doutor em História pela Universidade Livre de Berlim, conversou com a revista Fórum sobre as declarações e analisou que o discurso do presidente brasileiro tinha muitas semelhanças com o discurso dos partidários de Hitler.


“Esse discurso de Bolsonaro de limpar o país e fazer exorcismo contra a esquerda, sim, chega até aqui. E esse tipo de discurso existia no governo da Alemanha também, entre os anos de 1933 a 1945 (período do governo de Hitler). Nesse sentido, Bolsonaro é muito semelhante aos nazis”, declarou.


Durante as eleições, o então candidato foi qualificado como “Hitler de Brasília” por um articulista de Israel. “Hitler em Brasília: Os evangélicos dos EUA e a teoria política nazista que estão por trás do candidato à Presidência do Brasil”, dizia o título do artigo.


9. Abraham Weintraub


Dentro do gabinete de Bolsonaro, Alvim não era o único contestado por abraçar o nazifascismo. O ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub, não teve medo de expor as facetas mais obscuras da extrema-direita em seus discursos e propostas, dialogando com os perfis de direita classificados como fashwaves, uma junção maluca de fascismo com vaporwave.


Esses grupos promovem linchamentos virtuais e ameaças. A própria rejeição completa a Paulo Freire e a perseguição às universidades públicas também são pontos importantes para esses grupos.


Em entrevista à Folha de São Paulo, Odilon Caldeira Neto, professor de História da Universidade Federal de Juiz de Fora e uma das principais referências em estudos sobre o nazifascismo no Brasil, afirmou que o pensamento nazifascista “é partilhado, em maior ou menor grau, por diversos setores do governo”.


Ele destacou a figura de Weintraub, chamando a atenção para a fala conspiratória de que o comunismo comandaria o país e deveria ser combatido urgentemente. Terceiro Reich em 1943, Ditadura Militar em 1964, Bolsonarismo em 2018…


Até quando vão usar o comunismo como espantalho para instaurar governos de extrema-direita?


10. Genocídio em massa


29 de março de 2021, 20h no horário de Brasília, já são ao menos 314.268 óbitos por Covid-19 desde o início da pandemia. Mais de 2.000 mortes nas últimas 24 horas. Quem não está alienado sabe: Bolsonaro é responsável direto pela morte de milhares de pessoas.


O presidente do nosso país, que tecnicamente é o responsável pela saúde do povo, negou e desdenhou das vacinas diversas vezes. Enquanto todos os líderes mundiais brigavam por vacinas, Bolsonaro incentivou a população - entre elas, pessoas com muito pouca instrução - a se aglomerar.


Agora ele mudou seu discurso? Sim, mas isso definitivamente não torna ele um herói ou alguém que se importa com o povo e, muito menos, é sinal de que mereça um voto de confiança (será que existe alguém no mundo que acha isso?!).


Além de estar sentindo que a reeleição vai ficar difícil, caso Lula se candidate, ele vem sendo pressionado abertamente por parte da elite brasileira para que políticas sérias de controle da pandemia aconteçam.


Agora que o Brasil é um pária internacional e uma bomba viral, a maioria dos países cancelaram a entrada de brasileiros em seus territórios. O que isso significa? Que a burguesia brasileira é egoísta e só se mexe quando a água bate no próprio bumbum.


Os negócios da elite, finalmente, passaram a sentir as consequências da pandemia, muitos começaram a perder dinheiro ou sabem que irão perder muito em breve… a não ser que um controle da pandemia aconteça.


A escória que é a classe dominante desse país está colocando Bolsonaro para trabalhar um pouco e é nesse pouco de trabalho que ele vai fazer boa parte de sua campanha de reeleição em 2022.


Além do populismo barato que ainda engana o povo, ele vai se escorar em dois pilares: o controle - tardio - da pandemia e o auxílio emergencial que, se não fosse por pressão da oposição, teria sido de 200 reais, valor proposto por Paulo Guedes.



Bolsonaro é genocida, mas não de forma maniqueísta, estilo vilão do James Bond. O Governo Bolsonaro é genocida por priorizar os desejos de uma minoria capitalista em detrimento de milhares de vidas. Podia ser 1 milhão de mortes, se isso não afetasse a elite o Presidente não ia mexer um dedo.


O que está em prática no nosso país é genocídio. Ao pobre são dadas apenas duas opções: sair de casa e correr o risco da contaminação para ter comida na mesa ou ficar em casa, longe do vírus e sem comida.


Agora vocês entendem por que Bolsonaro é responsável direto pela situação do nosso país? Em um momento tão difícil, o mínimo que um governante tem que fazer é fornecer vacinas e auxílios financeiros para que as pessoas possam ficar seguras em casa!


Cada morte que ocorreu por influência das políticas negacionistas é culpa do presidente e de seu governo nazifascista. O atual governo precisa ser responsabilizado pelo crime contra a humanidade que está sendo feito. #BolsonaroGenocida



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