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POR TRÁS DAS LENTES DE NEIL LEIFER: O MVP

Atualizado: 9 de jun. de 2022


Texto por Gabriel Monteiro


Algo, infelizmente, muito raro na sociedade é o reconhecimento certo dos artistas da oitava arte pelos veículos de mídia convencionais. A fotografia não só encanta nossos olhos, como registra a história da humanidade com precisão, e poucos desses profissionais registraram a história e conquistas de ícones negros dos esportes americanos como Neil Leifer.


Para o crítico americano Jean-Denis Walter, Leifer produziu para a fotografia esportiva o equivalente à produção de Leonardo da Vinci para a pintura. Nascido em 1942 e tido como um dos maiores fotógrafos esportivos de todos os tempos, Leifer tinha o hábito de entrar de penetra em estádios de baseball e futebol americano desde os 16 anos de idade para poder exercer sua paixão mais de perto. Aos 18, ele já começa a trabalhar com a aclamada revista Sports Illustrated, para quem registrou as 12 primeiras edições do Super Bowl.


Conforme sua carreira alavancava, o fotógrafo esteve presente em incontáveis jogos da World Series de baseball, quatro Copas do Mundo da Fifa (incluindo a copa de 1970, em que fotografou a seleção brasileira de Pelé na conquista do tricampeonato) e em mais de quinze edições dos Jogos Olímpicos. Leifer é o responsável pela icônica foto no pódio de Tommie Smith e John Carlos, quando os atletas se manifestaram a favor do partido dos Panteras Negras.


Mesmo em meio a todos esses grandes acontecimentos, não é nenhum deles o mais marcante de sua carreira, pois seu grande “muso” sempre foi o herói dos ringues: Muhammad Ali. O fotógrafo esteve, ao todo, em mais de 60 partidas de Ali e foi o par de olhos capaz de registrar os cliques mais famosos da vida do atleta, como na vitória em cima de Sonny Liston em 1965. Ainda hoje, já afastado do ramo da oitava arte, Neil diz que o boxe é o único esporte que ele não deixa de amar fotografar.



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